Encontrei no blog A informação um texto interessante que se intitula “Bebê que convive com livros vai melhor na escola” que havia sido publicado no site do Estadão.com.br. Deixo aqui alguns excertos. Quem quiser ler o artigo completo clique aqui ou aqui.
“Especialistas indicam contato com publicações desde os primeiros meses de vida; ONG vai lançar guia com indicação de 600 títulos
Ler para um bebê que ainda não fala nem entende o que é falado pode parecer perda de tempo, mas diversos estudos mostram que, a longo prazo, a prática pode beneficiar o desempenho escolar. Além de adquirir gosto pela leitura, as crianças que têm contato com livros desde o berço chegam ao ensino fundamental com vocabulário mais rico e maior capacidade de compreensão e de manter a atenção nos estudos.
Para ajudar na escolha do título mais adequado para cada idade e no desafio de manter as crianças pequenas entretidas, o Instituto Alfa e Beto (IAB) apresenta na próxima Bienal do Livro de São Paulo a Biblioteca do Bebê. Além de vários livros divididos por faixa etária, o local terá voluntários que ensinarão aos pais técnicas de leitura. As principais dicas estão reunidas em uma cartilha que será distribuída aos visitantes.
"Os primeiros livros devem ter apenas imagens e o tempo para folheá-los deve ser breve", explica David Dickinson, especialista em alfabetização pela Universidade Harvard. Durante a bienal, ele apresentará estudos que relacionam a leitura precoce a um maior desenvolvimento da linguagem.
Uma dessas pesquisas mostra que as crianças de 3 anos que possuem o hábito de leitura em família apresentam, aos 10, desempenho escolar superior ao daquelas que não lêem com frequência.
"O importante é ler com regularidade, de preferência todos os dias, e tornar a experiência agradável", afirma Dickinson. Os pais, diz ele, devem usar as imagens do livros como base para iniciar uma conversa com a criança.
A interação com os adultos é fundamental para o desenvolvimento da linguagem e o aprendizado se dá pela imitação, diz o presidente do IAB, João Batista Oliveira. "Mas a linguagem oral tem um vocabulário restrito e uma sintaxe simplificada. O livro, por mais simples que seja, obedece as regras da linguagem escrita, que é a mesma que a criança vai encontrar na escola."
"Quanto maior o vocabulário e mais articulada a sintaxe, mais temos sobre o que pensar." Essa maior capacidade de raciocínio e compreensão favorece tanto o desempenho em disciplinas como português e matemática como nas demais.
A capacidade de se manter focada em uma atividade também é beneficiada pelo hábito de leitura, afirma Dickinson.
O IAB vai lançar na bienal um guia com uma proposta ambiciosa: Os 600 Livros que Toda Criança Deve Ler Antes de Entrar para a Escola. Isso dá uma média de dois livros por semana entre 0 e 6 anos. Quem quiser cumprir a meta não pode perder tempo.”
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