28 abril 2011

Livros digitais já vendem mais do que em papel, nos Estados Unidos, claro!

Mais uma notícia sobre e-books ou livros electrónicos. Durante o mês de Fevereiro de 2011 foram vendidos mais livros electrónicos do que livros em papel nos EUA, num volume de negócio que ultrapassou os 90 milhões de dólares (cerca de 63 milhões de euros). A notícia foi avançada pela Associação de Editores Americanos, que anunciou ainda que o ‘download’ de audiolivros também aumentou (36,7 por cento), tendo atingido o valor de 5 milhões de euros.
Em papel ou em suporte electrónico, o importante mesmo é ler. Ler sempre mais e melhor aquilo que se gosta e que nos faz crescer e ser mais felizes, neste mundo que às vezes é tão cinzento e sem graça.

27 abril 2011

Encontro sobre bibliotecas e leitura, à distância de um click

Bem hajam as tecnologias que nos permitem assistir a qualquer hora e e em qualquer local a encontros aos quais não pudemos comparecer devido à nossa vida profissional e/ou pessoal.
Deixo-vos aqui o link para a tertúlia de leitura que se realizou na Biblioteca Pública de Évora, no dia 20 de Abril, sob o tema As bibliotecas 100 anos depois da República.
Embora os temas abordados não tragam nada de substancialmente novo, é sempre bom que as questões que giram em torno da leitura sejam discutidas para que não caiam no esquecimento e se possa ir avançando um pouco mais na conquista de novos aliados e mudanças de comportamento e de percepção do que é ser bibliotecário nos dias de hoje. A questão da cooperação e do trabalho em rede é que continua a ser um incontornável problema. Continuamos todos orgulhosamente sós, ora porque os poderes políticos assim o determinam ora porque cada um quer fechar o seu conhecimento a sete chaves, porque afinal o conhecimento é poder...
O som ao início está bastante defeituoso, mas com o avançar do encontro melhora bastante. Acho que vale a pena ouvir, nem que seja apenas uma parte.




Fonte:  Gazeta da BPE

26 abril 2011

Bibliotecas americanas vão disponibilizar eBooks para o Kindle

O Sol noticiou no dia 21 de Abril que a Amazon vai lançar uma iniciativa que permitirá aos utilizadores do Kindle requisitarem livros electrónicos junto de algumas bibliotecas americanas.
A iniciativa abrange cerca de 11 mil bibliotecas e vai ser lançada nos EUA ainda este ano, apesar de a Amazon não ter divulgado uma data concreta.
O anúncio foi bem recebido junto dos utilizadores do Kindle no mercado norte-americano, dado que esta funcionalidade já se encontrava disponível em leitores rivais há mais tempo, nomeadamente o Nook, da livraria Barnes and Noble.
No âmbito da iniciativa, os utilizadores podem requisitar eBooks para o Kindle através de uma das bibliotecas aderentes, e caso desejem comprar o livro digital através da Amazon, todas as anotações ficam guardadas.
Para quando este tipo de iniciativa nas nossas bibliotecas? Espero que não demore os 30 anos que habitualmente as novidades levam a chegar ao nosso país. Se calhar vêm a nado do outro lado do Atlântico, por isso é que demoram tanto tempo! Agora com a crise a demora deverá ser ainda maior... A ver vamos...

Fonte: Sol

20 abril 2011

The Great Gatsby: uma das casas que poderá ter inspirado o romance foi destruída

Os bulldozers reduziram a pó uma mansão de Long Island que alguns estudiosos identificam como tendo sido descrita na obra clássica de F. Scott Fitzgerald: “O Grande Gatsby”.
A mansão foi construída na década de 1920, durante “os loucos anos 20” e serviu de morada inicial ao director-executivo do jornal New York World, que se fazia rodear da elite norte-americana de então, incluindo o escritor F. Scott Fitzgerald, que por várias vezes frequentou a casa em serões de convívio.
Porém, a casa estava actualmente bastante degradada. Do glamour dos anos 20 já tinha muito pouco.
Bert Brodsky, fundador e presidente de uma empresa tecnológica na área da saúde, comprou a casa colonial em 2004 à sua anterior proprietária. O empresário esperava instalar-se na gigantesca mansão com cerca de 20 quartos, mas a família não quis mudar-se para uma propriedade tão grande. A casa foi, assim, colocada à venda.
A partir de então - sempre com a casa à venda mas sem interessados - Brodsky começou a pedir permissão para dividir o enorme terreno em parcelas mais pequenas para a construção de novas habitações com uma área mais reduzida.
O processo demorou vários anos mas, finalmente, as autoridades deram autorização para a divisão do terreno, no início deste ano. Uma vez que a casa não foi considerada um edifício histórico nada obsta à sua destruição. As obras de destruição deverão ficar completas durante o dia de hoje.
O que fica por determinar é se Fitzgerald estava mesmo a descrever a mansão de Lands End quando escreveu no seu clássico a seguinte passagem: cheerful red-and-white Georgian Colonial mansion, overlooking the bay, na qual viviam Daisy e Tom Buchanan, personagens centrais da obra “O Grande Gatsby”.
Alguns estudiosos acreditam piamente que sim, que se trata da mesma casa, mas outros dizem que esta teoria é enganadora e destituída de lógica, uma vez que outras descrições geográficas constantes na obra tornam impossível que esta seja a casa em questão.
Verdade ou não, a casa já não está de pé. Quaisquer estudos futuros que se quisessem fazer ficaram inviabilizados.
Afinal não é só em Portugal que estas coisas acontecem...

Fonte: Público

13 abril 2011

Mais Caminhos de Leitura de 6 a 7 de Maio

Decorrerá em Pombal, nos dias 6 e 7 de Maio os Caminhos de Leitura - IX Encontro de Literatura Infanto-Juvenil de Pombal. As inscrições estão abertas até ao dia 3 de Maio e têm um custo de 30 €.
Os interessados poderão fazer a inscrição online ou obter mais informações através do telefone 236210521 ou do e-mail  biblioteca@cm-pombal.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar / caminhosdeleitura@cm-pombal.pt .
O programa pode ser consultado aqui.

Fonte: Biblioteca Municipal de PombalEste endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

11 abril 2011

81ª Feira do Livro de Lisboa : já estamos em contagem decrescente

Este ano a 81ª Feira do Livro de Lisboa realizar-se-á entre 28 de Abril e 15 de Maio, no Parque Eduardo VII.
De acordo com a APEL, será dado lugar de relevo ao livro, seus autores e outros intervenientes, fazendo deste espaço um local privilegiado para todos aqueles que procuram incrementar os seus hábitos de leitura, à semelhança do que tem vindo a acontecer já em anos anteriores.
Depois de Lisboa, será o Porto a receber a 81ª Feira do Livro que terá lugar de 26 de Maio a 12 de Junho, na Avenida dos Aliados.
Com a organização destes dois eventos a APEL pretende organizar um evento que pressupõe a promoção e difusão do livro em língua portuguesa, fomentar os hábitos de leitura dos portugueses e melhorar o seu nível de literacia.

Se puder não deixe de visitar a Feiro do Livro, onde poderá fazer compras a preços mais convidativos.

Fonte: APEL

06 abril 2011

Cata Livros: novo projecto da Casa da Leitura

A Casa da Leitura lançou ontem, dia 5 de Abril, o seu novo projecto Cata Livros. Destinado a jovens leitores o projecto, tem por objectivo usar a internet para os aproximar de um conjunto de títulos essenciais da literatura para infância e juventude, com destaque para a produção nacional, num modelo que, sem perder rigor científico, assenta no carácter lúdico e interactivo das narrativas e desafios propostos.

Neste site podemos encontrar as obras Estranhões & bizarrocos de José Eduardo Agualusa e A charada da bicharada, e entrevistas com José Eduardo Agualusa, bem como com Matilde Rosa Araújo.

Numa primeira visita ao site parece-me um conceito bastante interessante, mas algo confuso na navegação pouco intuitiva. É certo que ainda está no início e que muito provavelmente ainda virá a ser melhorado. De qualquer das formas, vale a pena visitar e ficar atento a futuros desenvolvimentos que, estou certa, virão a ser feitos.

Fonte: Casa da Leitura   

30 março 2011

ALMA, prémios e bibliomóveis


Foi ontem divulgado o prémio ALMA para o qual estava nomeado Nuno Marçal com o Bibliomóvel de Proença-a-Nova. Infelizmente não foi ele o premiado. O prémio foi atribuído a Shaun Tan, autor, ilustrador e promotor da leitura australiano de 37 anos.
Deixo aqui, no entanto, uma palavra de apreço a Nuno Marçal pelo trabalho que tem vindo a desenvolver. Este reconhecimento é extensível a todos os que como ele fazem da promoção da leitura um modo de vida e dos bibliomóveis um instrumento de divulgação do livro e da leitura. Felizmente por este país fora existem vários bibliomóveis como o de Proença-a-Nova.

29 março 2011

Bibliotecárias e estereótipos

Para animar um pouco as coisas... eis uma pérola que encontrei no Youtube sobre  os estereótipos da nossa profissão. Divirtam-se!



Fonte: Youtube

02 março 2011

Bibliotecários municipais e professores-bibliotecários: fortes candidatos ao Survivor

Ser bibliotecário é cada vez mais uma opção que denota total falta de juízo. Senão veja-se:

Deixou de haver uma carreira específica, passámos todos para as carreiras e categorias gerais da Administração Pública, somos apenas técnicos superiores, perdemos o "de biblioteca e documentação", abrindo-se assim caminho para a contratação de pessoas sem as qualificações adequadas e até então exigidas.
Em Julho foi a vez dos bibliotecários escolares verem a sua importância ser posta em causa com a portaria 558/2010 que, às portas de mais um ano lectivo, reduzia (ainda mais) os recursos humanos nas bibliotecas escolares. Agora com a portaria 76/2011 consolida-se o ataque às bibliotecas escolares. Por este andar daqui a pouco estarão a funcionar em auto-gestão. É só uma questão de tempo e de mais alguns diplomas certeiros como estes.
Penso que a senhora ministra da educação não estará bem a par da realidade vigente no nosso país. Por mais RBEs e SABEs que se criem as escolas têm de ter professores bibliotecários e demais recursos humanos que garantam o regular funcionamento das bibliotecas escolares. Estas têm de ser devidamente geridas e dotadas de profissionais que possam desenvolver um trabalho efectivo na biblioteca.
No país real não se pode estar a contar que os protocolos assinados com as autarquias resolvam todos os problemas, até porque a maioria das bibliotecas municipais debatem-se elas mesmas com falta de pessoal para assegurar o seu próprio trabalho e serviços. Por vezes, até para assegurar os serviços mínimos de abertura ao público as bibliotecas, por esassez de pessoal, têm de desenvolver um complexo sentido de equilíbrio. Tomara as bibliotecas municipais conseguirem resolver os seus próprios problemas, quanto mais quererem que, num passe de mágica, resolvam também os das bibloteas escolares. A grande maioria não está preparada para arcar com todo o trabalho que lhe querem passar das bibliotecas escolares. Não basta assinar protocolos. Se se pretende esvaziar ainda mais as bibliotecas escolares, há que dotar, efectivamente, as bibliotecas municipais de pessoal qualificado que possa desenvolver as actividades das bibliotecas municipais e das escolares que querem pôr sob a sua alçada. É tão simples quanto isto. Por muito que se queira é impossível fazer milagres. Muito já nós fazemos, qual MacGyver das bibliotecas, sempre dispostos a dar o nosso melhor com os míseros recursos que as entidades responsáveis nos dão. Somos como as baratas: temos uma imensa capacidade de resistência. Por mais que nos ataquem não conseguem acabar com o nosso espírito e motivação. É este o verdadeiro significado da resiliência.

24 fevereiro 2011

Gestão de conflitos ou gestão de (grandes) egos? - parte II

Tivemos mais uma actividade de animação da leitura em que era suposto participarem dois elementos da equipa: o animador que deveria dirigir a actividade e um colega que deveria dar o apoio necessário e orientar os participantes de forma activa durante a actividade, dizendo-lhes o que se pretendia que fizessem e esclarecendo-lhes as dúvidas que pudessem ter. Pedia-se que os dois elementos trabalhassem em equipa para que a actividade decorresse da melhor forma possível. Pretendia-se imprimir o máximo de qualidade à acção.
Porém, o que aconteceu trouxe-me à cabeça a imagem de um barco com dois tripulantes a remar avidamente, mas cada um para seu lado. O animador, a querer dominar a cena e mostrar que ele é que é O Animador, esquecia completamente o colega e pretendia ser ele a chegar a todos os participantes, o que, como é natural, não conseguia, ficando-se a assistência e apoio aos participantes muito aquém do desejado, comprometendo a qualidade da actividade. O colega, tentando como podia chegar até às pessoas, mas sem saber muito bem qual era o seu papel na actividade, pois sentia-se colocado à margem. Sempre que avançava para ajudar os participantes era abalroado pelo colega que não pretendia ceder terreno e queria ser ele a orientar tudo e todos.
Conclusão: ficaram todos a perder. Perderam os participantes que não tiveram o apoio que poderiam e deveriam ter tido. Perdeu o técnico que se sentiu a mais e que ficou com pouca vontade de participar numa próxima actividade, incluindo no trabalho de bastidores de preparação da acção, porque não vê o seu contributo valorizado. Perdeu o animador que não foi capaz de tirar o máximo partido da actividade e do trabalho do colega, pondo em causa a qualidade da acção devido a um idiota espírito de egocentrismo. Perderam os participantes que poderiam ter tido uma melhor experiência se todos os contributos tivessem sido utilizados de forma harmoniosa.  E estou eu prestes a perder a paciência para tanta infantilidade...
Quando é que o trabalho de equipa se tornou tão dificil? Porquê tentar deixar passar a ideia que o sucesso de um serviço é fruto de uma só pessoa, quando na verdade é o produto de um conjunto de pessoas? Porque será que as pessoas colocam os seus interesses pessoais acima dos do serviço e só pretendem a auto-promoção, em vez de se preocuparem com a qualidade do trabalho produzido? Os grandes profissionais são os que conseguem partilhar o seu espaço, experiências e louros com todos os que com ele trabalham e que procuram a melhoria contínua, aceitando todas as sugestões e contributos que proporcionem uma melhoria da qualidade dos serviços, e não os que acham que já sabem tudo e que não precisam da colaboração de ninguém. Assim vão as nossas bibliotecas!

16 fevereiro 2011

Gestão de conflitos ou gestão de (grandes) egos?

Cada vez mais me convenço que o mais difícil não é gerir os serviços, mas sim gerir as pessoas e os seus grandes egos.
Incutir o valor do trabalho, a importância do trabalho em equipa, isso sim, é difícil. Fazê-los perceber que o seu trabalho só faz sentido quando inserido num todo maior que deve estar em sintonia com o trabalho dos outros colegas. Que todas as partes são essenciais para o bom funcionamento do todo, como qualquer organismo que só está bem quando todos os seus órgãos funcionam em harmonia.
Numa biblioteca passa-se exactamente o mesmo. O tratamento documental e o atendimento ao público são tão importantes quanto as actividades de animação da leitura, são partes de um mesmo todo. Isolados pouco valem, mas quando combinados adquirem outra força.
A biblioteca não pode viver apenas centrada no seu fundo documental, tem de o complementar com outros serviços que dêem resposta aos crescentes anseios dos seus utilizadores. Por sua vez, a animação não pode viver desligada do resto dos serviços da biblioteca, pois deverá servir para divulgar a colecção da biblioteca, atrair novos públicos e promover a leitura e a literacia. Se se limitar a existir por si só, desligada dos restantes serviços da biblioteca, perde a sua pertinência, a razão da sua existência.
O curioso é que, na maioria dos casos, as pessoas tendem a fechar-se no seu mundo, a centrarem-se apenas nas" suas" tarefas, sem se importarem em compreender e participar nas tarefas "dos outros".
Os técnicos de biblioteca sentem-se menosprezados em relação aos animadores culturais, por considerarem que o seu trabalho não é tão visível; os animadores gostam de chamar a si os louros das actividades porque são eles que dão a cara durante as actividades, esquecendo-se que estas foram também preparadas pelos restantes colegas que contribuiram com muito trabalho de bastidores, para o sucesso das mesmas. O dia da actividade é apenas o culminar do trabalho de toda uma equipa que deverá ver o seu esforço devidamente reconhecido, e não apenas do animador.
Tento envolver e dar igual visibilidade a todos os funcionários, até para combater a tendência que algumas pessoas têm em querer chamar a si todo o protagonismo e apropriar-se do mérito do trabalho dos colegas. Mas é muito dificil, por vezes até frustrante, quando mesmo os que se queixam de não estar a ver o seu trabalho reconhecido insistem em continuar na sombra e não se chegam à frente quando lhes é dada a oportunidade de darem a cara pela actividade que ajudaram a desenvolver. Assim é difícil!

02 fevereiro 2011

What do you want from me???? de David Lambert

Hoje está a ser um dia difícil. Só me apetece gritar What do you want from me???? O melhor mesmo é animar isto um bocadinho...



Fonte: Youtube

01 fevereiro 2011

Casa-Museu de Saramago deve abrir as portas a 18 de Março

Há dias li uma notícia no Público que me deixou com uma imensa vontade de ir a Lanzarote: a Casa-Museu de Saramago deve abrir as portas a 18 de Março.
Adoro os livros de Saramago, desde que comecei a ler os seus livros na Faculdade, já lá vão uns bons 16 anos, que fiquei impressionada com a sua ironia e sagacidade e profundo conhecimento da humanidade, no que esta tem de melhor e de pior. Estava na altura a ler O ensaio sobre a cegueira.
Hoje, depois de muitas leituras, ainda que não todas as que ainda gostaria de ler, sinto uma profunda tristeza por saber que já não está entre nós o homem que tantas emoções e consciências despertou. É triste saber que não mais voltará a escrever e que apenas o podemos reencontrar quando relemos os seus livros.
Talvez que uma visita à Casa-Museu de Lanzarote ajude a mitigar a saudade… Segundo o Público, estará acessível não só a biblioteca que o escritor ali reuniu, mas também o escritório onde Saramago escreveu Ensaio sobre a cegueira.

Deixo aqui um excerto da notícia que achei particularmente comovente:

"[…] Um dos momentos mais tocantes da conversa com os leitores do El País aconteceu quando Pilar foi confrontada com uma afirmação de Saramago no documentário, na qual ele diz que o céu não existe. “Onde está Saramago agora?”, perguntou o leitor. Pilar respondeu que o escritor está nos livros que escreveu. “Ele dizia que cuidássemos de cada livro que abríssemos porque, lá dentro, havia uma pessoa”, disse. Saramago, acrescentou, “está na música que ouviu, nos quadros que viu, nos livros que acariciou e, perdoem-me, está também no meu corpo”.

Fonte: Público




25 janeiro 2011

Perceptions of Libraries, 2010: Context and Community - Relatório da OCLC

Tive conhecimento da publicação do relatório Perceptions of Libraries, 2010: Context and Community, da OCLC, através do blog o bibliotecário 2.0.
O presente relatório fornece informação actualizada e novos dados sobre os utilizadores de informação e os seus hábitos online, preferências e percepções. Foi dada especial atenção ao impacto da crise económica nos comportamentos e ao modo como essas alterações se reflectem na utilização e percepção das bibliotecas. É de notar o aumento da utilização das bibliotecas nos EUA durante esta época de crise.
Este relatório encontra-se disponível online aqui , bem como o seu antecessor Perceptions of Libraries and Information Resources (2005) aqui.
 
Fonte: o bibliotecário 2.0.

05 janeiro 2011

Sem alternativa

BAD 11-13 Vai valer a pena!… pois tem mesmo que valer a pena, uma vez que não há nenhuma alternativa à única lista candidata à eleição para os órgãos nacionais da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas no dia 12 de Janeiro de 2011.
Sem querer pôr em causa o valor da única lista candidata (não é disso que aqui se trata), acho muito triste e até sintomático do marasmo em que os profissionais da nossa área se encontram que não haja uma pluralidade de propostas, nem que fosse apenas mais uma, para que, de facto, houvesse uma possibilidade de escolha.
Talvez este facto se deva, em muito, à falta de identificação que muitos profissionais sentem com a associação que é suposto representar os seus interesses e dar voz aos anseios profissionais de toda uma classe que tem assistido nos últimos anos à perda do reconhecimento da especificidade da sua formação, nomeadamente com a actual política de carreiras na Administração Pública. A ideia que passa é que qualquer pessoa licenciada pode trabalhar numa Biblioteca, mesmo que não tenha formação académica específica na área. Em vez de evoluirmos e sermos mais exigentes com as qualificações, assiste-se a um retrocesso incompreensível. Há dias em que penso que assim as nossas bibliotecas arriscam-se a ter funcionários sem qualquer perfil para os serviços que têm de prestar à população e que afinal nada disto… vai valer a pena!

“Os pilares da terra” agora na televisão portuguesa

Um bom ano é o que desejo a todos os que visitam este blogue.

Aproveito também para vos sugerir uma série que está a ser exibida no AXN: Os pilares da terra. Há algum tempo atrás sugeri-vos a leitura do livro da autoria de Ken Follett e dei-vos a conhecer o trailer da série. Agora que esta chega aos nossos ecrãs temos a oportunidade de desfrutar de mais uma adaptação de um best-seller ao pequeno ecrã. A não perder!

22 dezembro 2010

Depois de algum tempo de forçada ausência por motivos profissionais, gostaria de desejar a todos um Feliz Natal.
E já agora se houver alguém que me possa dar uma dica agradeço: qual o segredo para ter tempo para actualizar o blog diariamente, andar nas redes sociais e ter tempo para trabalhar? Confesso que para mim é um pouco dificil: ou bem que trabalho ou bem que me dedico ao blog e Facebook. No meu caso a prioridade é o trabalho, imagine-se... Se houver alguma fórmula mágica gostaria de a conhecer...
Bom Ano e boas leituras!

13 novembro 2010

Bom fim-de-semana e boas leituras!

E porque estamos no fim-de-semana, uma vez mais aqui fica uma sugestão de leitura: O amor nos tempos de cólera, de Gabriel García Márquez



Depois de ler o livro pode sempre ver a adaptação ao cinema cujo trailer pode ser visto aqui:



Fonte: Youtube

10 novembro 2010

Si tú lees, ellos leen - vale a pena ver: a promoção da leitura em Espanha também passa por aqui!

Eis mais um bom spot de promoção da leitura, desta vez do Ministério de la Cultura – Plan de Fomento de la Lectura, em terras de nuestros hermanos. E é utilizada uma verdade tão simples e tantas vezes esquecida na promoção da leitura: as crianças adoptam sistematicamente os comportamentos dos pais e se estes tiverem hábitos de leitura, mais facilmente os seus filhos os terão também. Vamos usar isso a favor da leitura!



Fonte: Youtube

09 novembro 2010

Me gusta leer – vale a pena ver: a promoção da leitura também passa por aqui!

Encontrei num blog que ainda não tinha tido o prazer de visitar, Livros & Companhia , um vídeo de promoção da leitura que é simplesmente delicioso. Trata-se de um trabalho produzido pela Random House Mondadori, S.A., um dos líderes de edição e distribuição em língua espanhola. Está muito simples, mas é muito eficaz e traduz de facto o prazer da leitura que experimentamos quando temos um livro na mão.




Fonte: Youtube via Livros & Companhia

06 novembro 2010

E porque hoje é fim-de-semana...


... aqui fica mais uma sugestão de leitura: A costa dos murmúrios, de Lídia Jorge, que em 2004 foi adaptado ao cinema por Margarida Cardoso, contando com as interpretações de Beatriz Batarda, Filipe Duarte, Mónica Calle, Adriano Luz e Luís Sarmento.

Bom fim-de-semana e boas leituras!



II Congresso Internacional Fernando Pessoa, no Teatro Aberto

A Casa Fernando Pessoa, entidade promotora da divulgação e estudo da obra do poeta, organiza, de 23 a 25 de Novembro, o II Congresso Internacional Fernando Pessoa, no Teatro Aberto.
Este congresso visa debater visões, modos de interpretar e perspectivas de especialistas nacionais e estrangeiros que dedicam parte das suas vidas a aprofundar a incomparável obra de Fernando Pessoa e contará com a presença de alguns dos mais influentes nomes do estudo da obra Pessoana.
As inscrições para o congresso (limitadas a 250, e com condições especiais para estudantes) estão abertas na Casa Fernando Pessoa (Rua Coelho da Rocha, 16). A cada participante será entregue um diploma no final do Congresso.

Preço
Estudantes: 20€ Professores: 30€ Geral: 50€

Veja aqui mais informações


02 novembro 2010

E agora uma boa notícia: Revista Bang! passa a ser gratuita após parceria com Fnac

A revista de literatura fantástica Bang!, da editora Saída de Emergência, associou-se à Fnac, passando a ser disponibilizada gratuitamente em exclusivo naquelas lojas. A oitava edição deve chegar ainda este mês.
Publicada trimestralmente, com 64 páginas, a revista terá tiragem de 8.500 exemplares. O expositor dedicado à publicação nas lojas Fnac estará localizado na secção de literatura fantástica.
Textos inéditos de autores estrangeiros e nacionais, ensaios e ficção de várias personalidades do fantástico português dão corpo à edição, segundo o divulgado em comunicado.
Banda desenhada, cinema do fantástico, resenhas, rubricas e entrevistas também marcam presença.
O director da revista Luís Corte Real, a editora Safaa Dib e os colaboradores e convidados Afonso Cruz e António de Macedo vão estar na Fnac Chiado hoje, às 19:00 horas, para apresentar a revista.
Bang! começou em formato de papel em 2005, passou ao formato digital em 2007 e voltou ao formato em papel em 2009.

Recursos humanos e mérito profissional ainda pouco valorizados: assim se afunda o nosso país

Capital humano: um dos mais importantes factores de sucesso de uma organização

Até que ponto se pode fazer um bom trabalho quando os recursos são verdadeiramente limitados, os financeiros e os humanos? Serão a nossa boa vontade e empenho suficientes?
Sempre pensei que o nosso trabalho fala mais alto e que se tiver qualidade mais cedo ou mais tarde acaba por dar os seus frutos e ser devidamente reconhecido. E, de facto, assim é.
É com enorme alegria que ouço aqueles que nos visitam assinalar o progresso que a nossa instituição tem vindo a registar nos últimos anos e a qualidade dos projectos desenvolvidos, bem como a aproximação a toda a comunidade escolar do concelho. Fico, de facto, contente por sentir que, de alguma forma, contribuímos para o desenvolvimento do país, ainda que de uma forma muito modesta.
Tem sido uma aventura quixotesca, ultrapassando aos poucos a falta de verbas, a falta de recursos humanos e a fraca qualificação dos poucos funcionários existentes. Por vezes, são necessários anos para conseguir preparar uma equipa de trabalho com competências para desempenhar um trabalho de qualidade, mas bastam apenas algumas más decisões tomadas por quem está acima de nós para colocar a perder todo o trabalho que levámos anos a construir. É pena que muitas pessoas que ocupam importantes cargos nas nossas instituições ainda não tenham compreendido que o mais importante capital que se pode ter e se deve preservar é o capital humano. O de qualidade. Não o que está num serviço porque tem bons contactos, leia-se cunhas, mas sim o que conseguiu o seu lugar por mérito próprio.
É com tristeza que ao longo dos anos tenho assistido à saída de alguns colaboradores que se viram obrigados a sair por não lhes terem sido dadas as oportunidades que eles necessitavam e tinham dado provas merecer. Acredito que quando temos pessoas dedicadas e competentes mantê-las é uma questão de inteligência e boa gestão. A qualidade dos serviços públicos depende em muito das pessoas que neles trabalham. Mais do que a maioria dos decisores geralmente reconhece. É pena....

30 outubro 2010

Os pilares da terra, de Ken Follett, a não perder!

Para quem ainda não leu aqui fica uma boa sugestão de leitura para o fim-de-semana: Os pilares da terra, de Ken Follett, agora também adaptado para mini-série televisiva.
A série ainda não vi, mas o livro é muito interessante, transportando-nos para a Inglaterra do século XII numa história repleta de suspense, ambição e corrupção que vamos querer devorar da primeira à última página. Afinal os temas abordados são intemporais...
Aqui fica o trailer da mini-série televisiva para aguçar a curiosidade.


Fonte: Youtube via Bibliofilmes

28 outubro 2010

Autarquia criticada por manter arquivo histórico "encaixotado"

Vale a pena ler este artigo do DN:


“Movimento quer saber a razão de documentação estar vedada aos liboetas há oito anos. Maria Filomena Mónica é uma das personalidades que defende a reabertura do arquivo.

"Acho inacreditável que o arquivo histórico de Lisboa esteja vedado ao público há tanto tempo." As palavras são da escritora Maria Filomena Mónica, numa altura em se completam oito anos desde o dia em que as portas deste arquivo foram fechadas pela autarquia. A historiadora elogia a iniciativa do Fórum Cidadania LX, que terá solicitado à vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, durante o dia de ontem, uma audiência sobre o assunto. "Só não estarei presente se não estiver no continente", disse Filomena Mónica, justificando que terá de se deslocar "nos próximos dias aos Açores para apresentação de um livro" seu.
A solicitação do Fórum Cidadania Lx terá sido enviada durante a manhã de ontem, mas, ao fim da tarde, a autarquia garantiu que ainda não tinha recebido nada.
O DN consultou o site da Câmara Municipal de Lisboa, onde é possível ler que "o arquivo histórico se encontra instalado desde 2004 no Bairro da Liberdade, junto da Estação dos Caminhos de Ferro de Campolide". No texto online é ainda referido que "actualmente, mediante marcação prévia, os leitores podem consultar a documentação que se encontra microfilmada".
Porém, a versão é desmentida no documento enviado a Catarina Vaz Pinto, onde é dito que o serviço está fechado ao público e que será reaberto em Campolide: "Diz--se agora que a ideia de V. Exa. é reabrir definitivamente o arquivo histórico no edifício de Campolide." "Uma solução sem dignidade", visto que o espaço referido, onde actualmente se encontra o arquivo intermédio, foi concebido para ser "garagem".
Paulo Ferrero, membro do Fórum Cidadania Lx, acrescenta ainda que "o arquivo histórico está em Campolide, mas está todo encaixotado, não sendo possível consultar qualquer documentação". Além da inacessibilidade à documentação é ainda criticado o local, alegadamente, escolhido. "Há muito património com valor cultural em Lisboa, facto que torna inaceitável que o arquivo histórico esteja num bairro de habitação social, como é o Bairro da Liberdade", salienta a mesma fonte.
Maria Filomena Mónica diz ser impossível ficar indiferente a tudo o que está a acontecer em torno deste arquivo. Sem dirigir qualquer crítica à localização do arquivo, a escritora salientou que o que a move nesta luta é a conservação do património cultural. "Irei a essa audiência unicamente com o objectivo da preservação do património e da abertura do arquivo aos cidadãos", esclareceu.
Caso a audiência seja viabilizada, há mais personalidades que estarão presentes ao lado do Fórum Cidadania Lx: "Teremos a honra de ser acompanhados, em princípio, por Maria Filomena Mónica, Marina Tavares Dias e Rui Tavares." No arquivo histórico de Lisboa encontra-se a documentação mais antiga de todo o acervo do Arquivo Municipal. Entre estes documentos encontram-se o traslado do Foral de 1179, o Foral Manuelino, o Cartulário Pombalino e os valiosos espólios de Neves Águas, José Luís Monteiro e dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia. “

Fonte: DN

 
Assim vai o nosso património. É esta a consideração que os decisores têm pelo nosso património histórico. Continua-se a fazer muitas conferências onde se exalta a importância da leitura, das bibliotecas e arquivos, do nosso património cultural e histórico, mas a prática anda muito longe do desejável. As nossas bibliotecas e arquivos andam pelas ruas da amargura e a culpa é de todos nós que permitimos que tal aconteça. Em última instância, somos nós que escolhemos/elegemos os políticos que dirigem este país e ditam ridículas políticas culturais. Custa-me dizer isto, mas cada país tem os políticos que merece. E os nossos são tão maus…

27 outubro 2010

Kindle vai permitir aos seus utilizadores emprestar livros electrónicos

Tal como acontece no mundo não digital, os utilizadores do leitor de livros electrónicos Kindle vão poder emprestar os e-books que comprarem a outras pessoas. Esta possibilidade será introduzida até ao final do ano.
Há, porém, duas coisas que os utilizadores devem saber acerca deste empréstimo: a primeira é que durante os 14 dias em que o livro estará na posse da pessoa a quem se emprestou a obra, o proprietário original do e-book não poderá ter acesso a ele; a segunda é que só se pode emprestar cada livro uma única vez.
Convém igualmente explicar que a decisão de tornar as obras disponíveis ou não para empréstimo está a cargo das diferentes editoras e não da Amazon. Os analistas acreditam que esta decisão de empréstimo - que, na prática, ainda não se sabe como vai acontecer, se via wi-fi ou 3G - foi “forçada”, após a cadeia de livrarias americana Barnes&Noble ter criado a tecnologia “LendMe” com o mesmo propósito, para os seus aparelhos Nook.
O Kindle - da gigante online Amazon - é um aparelho para ler livros e jornais em formato electrónico que começou a ser vendido para Portugal há cerca de um ano. O dispositivo funciona através de wi-fi e da rede 3G e é possível descarregar (em qualquer lugar onde esta rede tenha cobertura) os e-books que se compram na Amazon. É igualmente possível fazer o download de livros através do computador, e depois passá-los para o dispositivo.
Para além da novidade anunciada pela Amazon para os livros electrónicos, há outra: até ao momento, a imprensa periódica comprada através do Kindle só podia ser lida nesse dispositivo. Dentro de pouco tempo, isso irá mudar. A Amazon irá certificar-se que os assinantes de jornais e revistas através do leitor de e-books poderão ler esses títulos através das aplicações para outros dispositivos móveis, como o iPhone, o iPad, o iPod Touch e smartphones com o sistema operativo Android.


Fonte: Público

20 outubro 2010

2010 Kids & Family Reading Report: Turning the Page in the Digital Age


Mais um estudo sobre os hábitos de leitura das crianças e seus pais. Desta vez o estudo vem dos Estados Unidos e vale a pena ser lido, pois, embora a realidade não seja a nossa, existem semelhanças assinaláveis, ou não vivêssemos nós num mundo globalizado. O estudo pode ser lido aqui.

13 outubro 2010

IV Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura: eu espero estar lá

Dias 15 e 16 de Outubro estarei na IV Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura (PNL) que se realizará na Fundação Calouste Gulbenkian. O tema deste ano é "Ler no século XXI: livros, leituras e tecnologias".
A apresentação de estudos sobre a leitura e a avaliação externa do programa serão algumas das questões a abordar nesta quarta edição da conferência do PNL.
O programa parece interessante. A entrada é livre e o programa pode ser consultado aqui.

Fonte: DGLB