19 outubro 2011

João Ricardo Pedro vence Prémio LeYa 2011, no valor de 100.000 euros

Depois de no ano passado, o júri ter decidido não atribuir o prémio, invocando falta de qualidade dos textos apresentados a concurso, João Ricardo Pedro torna-se no terceiro escritor distinguido com o prémio, ao qual concorreram este ano 162 romances. O teu rosto será o último é o livro de estreia do autor, que não tinha até agora nenhuma obra editada, tendo sido escolhido por maioria. "É a minha primeira obra, a minha primeira tentativa de fazer qualquer coisa", diz ao PÚBLICO João Ricardo Pedro, revelando que estava confiante numa vitória. "Se não estivesse à espera, não tinha concorrido."
Para o júri, o livro "é uma composição delicada de histórias autónomas, que se traçam em fios secretos, o romance apoiado em imagens fortes, constrói um perturbador painel do presente português".
"É um livro arriscado e que facilmente toca as pessoas que o lêem e acho que o júri foi tocado", continua o escritor, que achava que podia ganhar, notando, no entanto, que não leu nenhuma das outras obras a concurso.
O júri foi constituído pelos escritores José Castello, Nuno Júdice e Pepetela; o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira; Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo; e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo.
O Prémio Leya foi criado em 2008 no sentido de distinguir um romance inédito escrito em português.
O prémio, de 100 mil euros – e que é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa –, foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português. Nas duas primeiras edições foi conquistado pelo brasileiro Murilo Carvalho, com a obra O Rastro do Jaguar (2008), e pelo moçambicano João Paulo Borges Coelho, com O Olho de Hertzog (2009).

Fonte: Público

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